sábado, 14 de maio de 2011

Néia e seus sapatinhos



   Néia é um bichinho com quase cem pezinhos. É uma centopéia que gosta de viver entre as pedras de um jardim muito grande.
   Néia vive feliz caçando os insetos que aparecem.
   Quando alguém a assusta, enrola-se todinha e fica horas e horas quieta até o perigo passar.
   Certa vez, todos os bichinhos que moram no jardim resolveram dar uma festa.
   Estava chegando a primavera e eles queriam escolher a “Rainha da Primavera”.
   Não precisava ser o bichinho mais bonito, mas sim o que se apresentasse de forma diferente, e elegante. E teria de ser surpresa!
   E convidaram Néia para ser uma das candidatas.
   A partir daquele dia, foi um alvoroço no jardim.
   De noite, enquanto todos dormiam, os animaizinhos trocavam idéias, planejavam as atividades e faziam os preparativos.
   Mas todos guardavam algum segredo, que seria a surpresa do dia.
   Néia pensou na roupa e nos sapatos com que se apresentaria.
   E a dificuldade que teria, com cem pés, para conseguir cem sapatinhos iguais.
   Será que conseguiria?


   Todas as amigas de Néia ofereceram-se para colaborar. Trabalharam bem depressa. Uma semana depois,     
   Néia tinha um sapatinho de crochê com cordão de amarrar para cada pé! E com saltinho de moça!
   No dia da festa, enquanto todos os bichinhos ainda dormiam, Néia já começava a preparar-se. Imaginem que teria que calçar e amarrar quase cem sapatinhos! E agora não podia mais pedir ajuda às amigas porque tinha o compromisso de fazer surpresa.
   Néia começou a calçar-se: o primeiro pé, o segundo pé... e assim foi continuando.
   O tempo passou ligeiro. A festa já tinha começado e Néia continuava pacientemente calçando seus sapatinhos.
   O desfile das candidatas também já estava começando...e Néia ainda faltava calçar os últimos sapatos...    
   Néia não desanimou porque era muito paciente!
   A última a desfilar foi Néia, que aparece mais bonita do que nunca!
– Oh! Como está diferente e elegante! – falaram todos quase ao mesmo tempo.
– Calçar quase cem sapatinhos? Que paciência para amarrar todos eles! – falaram eles.
   No final do desfile foi anunciado o nome da vencedora.
   Imaginem quem foi?
   Isto mesmo! Néia! Ela ganhou uma cesta de flores com um cartão: “Parabéns à Rainha da Primavera” e uma caixa com cem bombons, que Néia dividiu com as amigas que a ajudaram a fazer os seus sapatinhos.

Maria vai com as outras

 Sylvia Orthof

 A ovelha Maria era mesmo uma Maria-vai-com-as-outras. 
 Até o dia em que descobriu que cada um pode ter o seu próprio caminho, basta querer.

  Era uma vez uma ovelha chamada Maria. Onde as outras ovelhas iam, Maria ia também. As ovelhas iam para baixo Maria ia também. As ovelhas iam para cima, Maria ia tamb
  Um dia, todas as ovelhas foram para o Pólo Sul. Maria foi também. E atchim! Maria ia sempre com as outras.
   Depois todas as ovelhas foram para o deserto. Maria foi també
- Ai que lugar quente! As ovelhas tiveram insolação. Maria teve insolação também. Uf! Uf! Puf!
   Maria ia sempre com as outras.
  Um dia, todas as ovelhas resolveram comer salada de jiló. Maria detestava jiló. Mas, como todas as ovelhas comiam jiló, Maria comia também. Que horror! Foi quando de repente, Maria pensou:
 “Se eu não gosto de jiló, por que é que eu tenho que comer salada de jiló?”
   Maria pensou, suspirou, mas continuou fazendo o que as outras faziam.
   Até que as ovelhas resolveram pular do alto do Corcovado pra dentro da lagoa. Todas as ovelhas pularam.
  Pulava uma ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra, quebrava o pé e chorava: mé! Pulava outra ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra e chorava: mé!
  E assim quarenta duas ovelhas pularam, quebraram o pé, chorando mé, mé, mé! Chegou a vez de Maria pular. Ela deu uma requebrada, entrou num restaurante comeu, uma feijoada.
  Agora, mé, Maria vai para onde caminha seu pé.




DESENHOS







Dar de si mesmo





CÉLIA XAVIER CAMARGO


  Laurinha, embora contasse apenas com oito anos de idade, tinha um coração generoso e muito desejoso de ajudar as pessoas.
  Certo dia, na aula de Evangelização Infantil que freqüentava, ouvira a professora, explicando a mensagem de Jesus,  falar da importância de se fazer caridade, e Laurinha pôs-se a pensar no que ela, ainda tão pequena, poderia fazer de bom para alguém.
  Pensou...pensou... e resolveu
- Já sei! Vou dar dinheiro a algum necessitado.
  Satisfeita com sua decisão, procurou entre as coisas de sua mãe e achou uma linda moeda.
  Vendo Laurinha com dinheiro na mão e encaminhando-se para a porta da rua, a mãe quis saber onde ela ia.
  Contente por estar tentando fazer uma boa ação, a menina responde
- Vou dar esse dinheiro a um mendigo!
   A mãezinha, contudo, considero
- Minha filha, esta moeda é minha e você não pode dá-la  a ninguém porque não lhe pertence.
   Sem graça, a garota devolveu a moeda à mãe e foi para a sala, pensando..
- Bem, se não posso dar dinheiro, o que poderei dar?
  Meditando, olhou distraída para a estante de livros e uma idéia surgi
- Já sei! A professora sempre diz que o livro é um tesouro e que traz muitos benefícios para quem o lê.
  Eufórica por ter decidido, apanhou na estante um livro que lhe pareceu interessante, e já ia saindo na sala quando o pai, que lia o jornal acomodado na poltrona preferida, a interrogou
- O que você vai fazer com esse livro, minha filha?
   Laurinha estufou o peito e informou
- Vou dá-lo a alguém!
   Com serenidade, o pai tomou o livro da filha, afirmand
- Este livro não é seu Laurinha. É meu, e você não pode dá-lo a ninguém.
 Tremendamente desapontada, Laurinha resolveu dar uma volta. Estava triste, suas tentativas para fazer a caridade não tinham tido bom êxito e, caminhando pela rua, continha as lágrimas que teimavam em cai
- Não é justo! – resmungava. – Quero fazer o bem e meus pais não deixam.
 Nisso, ela viu uma coleguinha da escola sentada num banco da pracinha. A menina parecia tão triste e desanimada que Laurinha esqueceu o problema que a afligia.
  Aproximando-se, perguntou gentil
- O que você tem Raquel?
  A outra, levantando a cabeça e vendo Laurinha a seu lado, desabafou
- Estou chateada, Laurinha, porque minhas notas estão péssimas. Não consigo aprender a fazer contas de dividir, não sei tabuada e tenho ido muito mal nas provas de matemática. Desse jeito, vou acabar perdendo o ano. Já não bastam as dificuldades que temos em casa, agora meus pais vão ficar preocupados comigo também.
  Laurinha respirou,  aliviada
- Ah! Bom, se for por isso,  não precisa ficar triste. Quanto aos outros problemas, não sei. Mas, em relação à matemática, felizmente, não tenho dificuldades e posso ajudá-la. Vamos até sua casa e tentarei ensinar a você o que sei.
  Mais animada, Raquel conduziu Laurinha até a sua casa, situada num bairro distante e pobre. Ficaram a tarde toda estudando.
  Quando terminaram, satisfeita, Raquel não sabia como agradecer à amiga.
- Laurinha, aprendi direitinho o que você ensinou. Não imagina como foi bom tê-la  encontrado naquela hora e o bem que você me fez hoje. Confesso que não tinha grande simpatia por você. Achava-a orgulhosa, metida, e vejo que não é nada disso. É muito legal e uma grande amiga. Valeu.
  Sentindo grande sensação de bem-estar, Laurinha compreendeu a alegria de fazer o bem. Quando menos esperava, sem dar nada material, percebia que realmente ajudara alguém.
  Despediram-se, prometendo-se mutuamente continuarem a estudar juntas.
  Retornando para a casa, Laurinha contou à mãe o que fizera, comentando
- A casa de Raquel é muito pobre, mamãe, acho que estão necessitando de ajuda. Gostaria de poder fazer alguma coisa por ela. Posso dar-lhe algumas roupas que não me servem mais? – Perguntou, algo temerosa, lembrando-se das “broncas” que levara algumas horas antes.
  A senhora abraçou a filha, satisfeita
- Estou muito orgulhosa de você, Laurinha, Agiu verdadeiramente como cristã, ensinando o que sabia.   
   Quanto às roupas, são “suas” e poderá fazer com elas o que achar melhor.
   Laurinha arregalou os olhos, sorrindo feliz e, afinal, compreendendo o sentido da caridade.
- É verdade mamãe. São minhas! Amanhã mesmo levarei para Raquel. E também alguns sapatos, um par de tênis e uns livros de histórias que já li.

A missão das ovelhinhas

                               Ana Alice Vou


     Em um pequeno sitio, viviam vários animais: um cavalo, um burro, uma vaca, um galo e algumas galinhas, e também um carneiro, uma ovelha e seu filhote, que haviam sido comprados ha pouco tempo.
     Seu Jose, o dono do sitio, cuidava muito bem de seus animais. Ele sabia que cada um era muito importante para o sustento de sua família.
    Os animais conversavam entre eles. Cada novidade, La no sitio, já era motivo para muitos comentários e eles acabavam, quase sempre, falando da vida dos outros. Somente os carneiros não entravam nessas conversas.
   Cada um se julgava melhor do que o outro:
- São nos pomos ovos! - dizia uma das galinhas.
- Ora, sem meu leite as crianças passam fome - retrucava a vaca.
- Se não fosse eu - falava o cavalo - nosso dono teria que andar a pé.
- Bem -  dizia o burro, levantando as orelhas - se eu não  puxar o arado aqui ninguém come!
  Olhando para os carneiros, o burro completava:
- Piores são os carneiros, que não servem para nada! São comem o dia todo, não põem ovos, não dão leite, não cantam e também não trabalham!
- ETA família folgada! - dizia a vaca.
  Um dia, o carneiro ouviu o que diziam de sua família. Muito triste, foi para perto de sua mãe e perguntou:
- Mamãe, nos, os carneiros, não serviu para nada?
  Carinhosamente, sua mãe respondeu:
- Filho, Deus criou a Terra, o Sol, a água, as plantas, os homens, os animais. Tudo foi feito de uma forma tão perfeita, que não existe nada no mundo que não tenha o seu valor. Todos precisamos uns dos outros.
  Neste momento, o burro, que era muito curioso, já estava ali, com as orelhas em PE, escutando a conversa e ouviu o carneirinho dizendo:
- Mamãe, que nos dependemos da água, das plantas, do sol, eu já sei. Eu só não sei para que servem os carneiros. Eu não quero ser inútil.
  Quando sua mãe ia explicar, chegou seu Jose. Ele pegou o carneiro e a ovelha e levou-os para o galpão que ficava ali perto. O carneirinho ficou aos berros. Desesperado, ele gritava:
- Mamãe! Papai! Voltem! Voltem!
   Todos os animais ficaram olhando. Então, o cavalo falou:
- Bem que o burro disse que eles eram inúteis... Devem ter sido vendidos...
- Não fale assim perto do filhote, coitadinho...certamente terá o mesmo fim... - disse a vaca.
   O burro, que tinha ouvido a conversa entre a mãe e o filhote, falou:
- Não sei, não, acho que nos estamos errados. Eu ouvi uma conversa que me deixou curioso, e melhor esperar para ver o que acontece.
   Depois de algum tempo, o carneirinho ainda chorava, chamando por seus pais. De repente, a porta do galpão se abriu. Todos os animais olharam para ver o que tinha acontecido.
   De lá de dentro saíram o carneiro e a ovelha, totalmente pelados. Magros, sem seus pelos, foram imediatamente para perto do filhote.
   No pasto, gargalhada geral. Todos falavam e riam ao mesmo tempo:
- Olhem só, como são magrinhos! Pareciam ser tão grandes...
- Que horror! Pelados!
- Nunca vi coisa tão feia!
   O burro, então, falou:
- Parem de rir! Vamos lá para saber o que aconteceu.
   O carneirinho assustado, não parava de perguntar:
- O que foi isso? Por que vocês estão assim?
   Cadê o seu pelo fofinho, mamãe? Papai, você não esta com frio?
- Calma, meu filho - disse a mãe. - Nos estamos bem. Pare de chorar, que eu vou lhe contar tudo.
   Ouvindo isso, os animais, que já estavam perto, ficaram quietos para ouvir, pois também queriam saber por que os dois estavam sem pelos.
- Filho -  disse a mãe - nos, os carneiros, também temos utilidade. Damos a nossa lá e  com ela que os homens fazem agasalhos e cobertores que os protegem do frio.
   Muito feliz, o carneirinho falou:
- Então, nos também somo uteis!
- Claro, meu filho! Nosso pelo vai crescer novamente e será cortado muitas vezes e, assim, estaremos sendo sempre uteis.
- Mamãe, nos somos mais importantes que os outros?
- Não, meu filho. Somos todos filhos de Deus. Cada um de nos e muito importante no ciclo da vida.
  Os outros animais perceberam o quanto estavam errados. Entenderam que cada um tem a sua utilidade e que tudo na natureza tem muito valor. Pediram desculpas ao carneiro e a ovelha e, daquele dia em diante, passaram a se respeitar e viveram muito felizes.

Guiado pelos seus passos...


Para onde seus passos irão levá-los se não forem devidamente orientados pelos pais ou responsáveis?

A Margarida friorenta


Fernanda Lopes de Almeida

 Temas: Amor às plantas, boa ação, bondade, amizade. carinho, caridade, afeto...

   Era uma vez uma Margarida num jardim.
   Quando ficou de noite, a Margarida começou a tremer.
   Aí, passou a Borboleta Azul.
   A Borboleta parou de voar.
- Por que você está tremendo?
- Frio!
- Oh! É horrível ficar com frio! E logo numa noite tão escura!
  A Margarida deu uma espiada na noite.
   E se encolheu nas suas folhas.          
   A Borboleta teve uma idéia:
- Espere um pouco!
   E voou para o quarto da Ana Maria.
- Psiu! Acorde!
- An! É você, Borboleta? Como vai?
- Eu vou bem. Mas a Margarida vai mal.
- O que é que ela tem?
- Frio, coitada!
- Então já sei o remédio. É trazer a Margarida pro meu quarto!
- Vou trazer já!
   A Borboleta pediu ao cachorro Moleque:
- Você leva esse vaso pro quarto da Ana Maria?
   Moleque era muito inteligente.
   E levou o vaso muito bem.
   Ana Maria abriu a porta para eles.
   E deu um biscoito ao moleque.
   A Margarida ficou na mesa de cabeceira.
   Ana Maria se deitou.
   Mas ouviu um barulhinho.
   Era o vaso balançando.
   A Margarida estava tremendo.
- Que é isso?
- Frio!
 - Ainda? Então já sei! Vou arranjar um casaquinho pra você.
   Ana Maria tirou o casaquinho da boneca.
   Porque a boneca não estava com frio nenhum.
   E vestiu o casaquinho na Margarida.
- Agora você está bem. Durma e sonhe com os anjos.
   Mas quem sonhou com os anjos foi Ana Maria.
   A Margarida continuou a tremer.
   Ana Maria acordou com o barulhinho
- Outra vez? Então já sei. Vou arranjar uma casa pra você!
   E Ana Maria arranjou uma casa para a Margarida.
   Mas quando ia adormecendo ouviu outro barulhinho.
   Era a Margarida tremendo.
   Então Ana Maria descobriu tudo.
   Foi lá e deu um beijo na Margarida.
   A Margarida parou de tremer.
   E dormiram muito bem a noite toda.
   No dia seguinte Ana Maria disse para a Borboleta Azul:
- Sabe, Borboleta? O frio da Margarida não era frio de casaco não!
   E a Borboleta respondeu:
- Ah! Entendi!       


A descoberta da joaninha

                                       
 Bellah Leite Cordeiro
Temas: Amizade, caridade, amor ao próximo, bondade, fraternidade, solidariedade...


  Dona Joaninha vai a uma festa em casa da lagartixa.
  Vai ser uma delícia!
  Todos os bichinhos foram convidados...
  Dona Joaninha quer ir muito bonita!
  Porque, assim, todo mundo vai querer dançar e conversar com ela!
  E ela poderá se divertir a valer!...
  Por isso, colocou uma fita na cabeça, uma faixa na cintura, muitas pulseiras nos   braços e ainda levou um leque para se abanar.
  No caminho encontrou Dona formiga, na porta do formigueiro, e disse:
- Bom dia, Dona Formiga!
  Não vai à festa da lagartixa?
- Não posso, minha amiga. Ontem fizemos mudança e eu não tive tempo de me preparar...
- Não tem problema! Tudo bem! Eu posso emprestar a fita que tenho na cabeça e você vai ficar linda com ela! Quer?
- Mas que legal, Dona Joaninha!
  Você faria isso por mim?
- Claro que sim! Estou muito enfeitada! Posso dividir com você.
   E lá se foram as duas. A formiga radiante com a fita na cabeça.
   Dali a pouco encontraram Dona Aranha, na sua teia, fazendo renda.
   Ao ver as duas, a aranha falou:
- Oi! Onde vão vocês duas tão bonitas?
- À festa da lagartixa! Você não vai?
- Sinto muito! Não posso...tive muitas despesas e sem dinheiro não pude me preparar para a festa!
  Não seja por isso! disse a Joaninha - Estou muito enfeitada! Posso bem emprestar as minhas pulseiras...Vão ficar lindíssimas em você!
- Que maravilha! disse a aranha entusiasmada.
- Sempre tive vontade de usar pulseiras nos braços! Dona Joaninha, você é legal demais! Sabia?
   E dona Aranha, muito feliz, acompanhou as amigas.
   Logo adiante encontraram a taturana. Como sempre, morrendo de calor!
- Oi, Dona Taturana! Como vai?
- Mal! Muito mal com esse calor!...Sabe que nem tenho coragem de ir à festa da lagartixa?
- Ora! Mas para isso dá-se um jeito! disse a Joaninha muito amável. - Poderei emprestar o meu leque.
   E lá se foi também a taturana, felicíssima, abanando-se com o leque e encantada com a gentileza da amiga.
   Mas, logo depois, deram de cara com a minhoca, que tinha posto a cabeça para fora da terra para tomar um pouco de ar.
- Dona Minhoca não vai à festa? disse a turminha ao passar por ela.
- Não dá, sabe? Eu trabalho demais! Quase não tenho tempo para comprar as coisas de que preciso... E, agora, estou sem ter uma roupa boa para vestir! Sinto bastante! Porque sei que a festa vai ser muito legal!
   Mas, que se vai fazer...
- Ora, Dona Minhoca - disse a joaninha com pena dela. - Dá-se um jeito...Posso emprestar a minha faixa e com ela você ficará muito elegante!
   A minhoca ficou contentíssima! E seguiu com as amigas para a festa.
   Dona Joaninha estava tão feliz com a alegria das outras que nem reparou ter dado tudo o que ela havia posto para ficar mais bonita.
   Mas, a alegria do seu coração aparecia nos olhos, no sorriso, e em tudo o que ela dizia! E isso a fez tão linda, mas tão linda que ninguém na festa dançou e se divertiu mais do que ela!
   Foi então que a Joaninha descobriu que para a gente ficar bonita e se divertir, não é preciso se enfeitar toda.
   Basta ter o coração bem alegre, que essa alegria de dentro deixa a gente bonita por fora! E ela conseguiu essa alegria fazendo todo aquele pessoal ficar feliz!