sábado, 21 de maio de 2011

Atividade

O GATO VAIDOSO

1) Que tipo de texto você imagina que será este?

2) Quem será o personagem principal?
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   Morava na mesma casa dois gatos iguaizinhos no pêlo mas desiguais na sorte.
  
3) Para você, o que faz com que esses gatos sejam diferentes na sorte?
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   Um animado pela dona, dormia em almofadões. Outro, no borralho. Um passava a leite e comia no colo. O outro por feliz se dava com as espinhas de peixe do lixo.

4) Você acha que esses gatos convivem, bem? Justifique.
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   Certa vez, cruzaram-se no telhado e o bichano de luxo arrepiou-se todo, dizendo:

5) O que o gato de luxo vai dizer ao outro?
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 - Passa de largo, vagabundo! Não vês que és pobre e eu sou rico? Que és gato de cozinha e eu sou gato de salão? Respeita-me, pois, e passa de largo...


6) O outro gato vai aceitar as provocações sem retrucar? Justifique.

7) O que esse gato dirá ao gato de luxo?

          - Alto lá, seu orgulhoso! Lembra-te que somos irmãos, criados no mesmo ninho.
          - Sou nobre! Sou mais que tu!
          - Em quê? Não mias como eu?

8) Você acha que o gato de luxo mia igual ao outro? Por quê?
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 - Mio.
 - Não tens rabo como eu?
 - Tenho.
 - Não caças rato como eu?
 - Caço.
 - Não comes rato como eu?
 - Como.

8) Que conclusão o gato do lixo vai dizer para o gato de luxo?
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 - Logo, não passas dum simples gato igual a mim. Abaixa, pois, a crista desse orgulho idiota e lembra-te que mais nobreza do que eu não tens. O que tens é apenas um bocado de sorte...

9) Você acha que existem pessoas como o gato de luxo, que se acham sempre melhores que os outros?

10) Que moral podemos tirar desta história? 
Quantos homens não transformam em nobreza o que não passa de um bocado de sorte na vida!”

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Recomendando Livro




   Com esse livro podemos estar trabalhando, Respeito, honestidade e gentileza são qualidades que devem ser estimuladas desde cedo. Quem trata os outros com cortesia é visto com admiração pelas pessoas. Afinal, todo mundo gosta de ser bem tratado.
   Neste livro há situações que mostram a importância de uma boa convivência, além de sugestões para o trabalho em sala de aula e dicas para as crianças.
    Bom espero que vocês gostem desse livro e tire um bom proveito dele.

Aqui vai um pouquinho sobre o escritor e o ilustrador desse livro:

  BRIAN MOSES, nascido em 1950, é um dos autores britânicos de poesia infantil mais reconhecidos, tanto por sua obra quanto pelas antologias que editou, além das apresentações e workshops que realizou em mais de duzentas escolas do Reino Unido e da Europa. Os assuntos que aborda vão do familiar – carrinhos de mão, jogos de futebol – ao peculiar – monstros, aliens, anjos. Mas em suas obras é comum encontrarmos ambas as vertentes. Começou a escrever poesia quando percebeu que nunca seria um rockstar. Tentava compor músicas, mas estas sempre acabavam em poemas.
  MIKE GORDON nasceu em 1948, em Manchester (Inglaterra). Em 1963, cursava a Rochdale College of Art, mas, atendendo aos conselhos dos pais, arrumou um “emprego de verdade” como engenheiro. Isso foi até 1983, quando começou a desenvolver sua carreira como ilustrador. Em 1993, ele se mudou para a Califórnia, onde começou a trabalhar duro, como nunca havia feito na vida, cuidando de seus quatro filhos. Seu trabalho abrange uma linha que se inicia com livros educativos e de não ficção até livros de entretenimento e ficção. Ilustrou para diversas editoras como a Hodder UK, Simon & Schuster e Haughton Mifflin. O reconhecimento internacional veio com a tradução e adaptação de suas obras no mundo.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

"Amor à verdade."


O CÃO BÓRIS

  Joãozinho mora com sua mãe e seus irmãos num bairro distante da cidade. Sua mãe, todos os dias, bem cedinho, sai para o serviço, recomendando-lhe cuidado com a casa, com dois irmãos menores, Maria e Francisco e com o cachorro da casa, o Boris, dando-lhe água e comida.
  João e seus irmãos adoram Boris, adora brincar com ele, levá-lo para passear, dar carinho a ele. A brincadeira que eles mais gostam é de jogar a bolinha. João e seus irmãos ficam horas brincando com Boris de jogar a bolinha.
  Dona Alice, mãe de João, é doméstica e, trabalha em uma casa de pessoas bondosas que quase diariamente a presenteiam com um punhado de docinhos e salgadinhos, que ela satisfeita leva para casa. Acontece que o alimento, que deveria completar a refeição da família, vem sumindo misteriosamente.
  Certo dia, Dona Alice leva um bolo delicioso que a sua patroa a presenteou, e mais pãezinhos e leite. Deixa o bolo na cozinha, e avisa ao   João e aos seus irmãos:
  - Queridos vamos comer esse bolo amanhã de manhã. Hoje vamos comer os pãezinhos e tomar o leite e vamos dormir.
  E todos comem os pãezinhos e vão dormir. João vai dormir, e Boris vai deitar em sua caminha improvisada na cozinha, uma caixa de papelão com um paninho por cima. Boris adora essa caminha. Ele se sente quentinho e só dorme ali.
  Só que João não consegue dormir. Fica pensando no bolo, fresquinho, macio, e ainda por cima de chocolate... humm, Joãozinho adora bolo de chocolate. Então, João pensa “não vai fazer diferença nenhuma eu pegar um pedacinho né?” Então, Joãozinho salta da cama e vai em direção da cozinha. Corta um pedaço do bolo e come.... hummm tão gostoso. Ele pensa “não vai fazer diferença eu comer outro pedaço né?” E João come outro pedaço e outro até que somente sobrasse as migalhas do bolo. Pela manhã, a mãe de Joãozinho vai acordá-lo para escola, e percebe que a cama dele está cheia de migalhas de bolo. Ela pensa “Joãozinho não agüentou e comeu um pedaço do bolo de noite. Tudo bem comemos o restante agora”. Acorda o menino e manda-o tomar banho. O menino vai para o banheiro e a mãe vai para cozinha. Só que quando Dona Alice chega a cozinha encontra somente as migalhas do bolo. Dona Alice espera João chegar na cozinha já com seu uniforme da escola e, preocupada, pergunta ao filho:
  - João, o que anda acontecendo com a comida que tenho trazido? Cadê o bolo que trouxe ontem?
 - O Bolo? É o bolo...humm foi o Boris mamãe, o Boris que anda comendo tudo!!! Foi ele quem comeu o bolo!! Respondeu o menino apressado. Escondendo que ele mesmo é que havia comido todo o bolo.
  A mãe, muito triste vai trabalhar e à noite quando chega em casa chama João e diz:
- João, meu filho, vamos conversar. Temos que arrumar outros donos para o Boris, pois ele está comendo todos os alimentos, que deveriam complementar nossas refeições.



Interpretação do texto:
1.    Qual a profissão da mãe?
2.    Como ela conseguia os alimentos para levar para casa?
3.    É certo o que Joãozinho fez ao dar a culpa no cachorrinho Boris por ter comido o bolo?
4.    Vocês acham que Joãozinho deve deixar que mãe dê o cachorro Boris para encobrir a sua mentira?
5.    O que vocês fariam se tivessem comido o bolo?

Obs:Pedir as crianças para pintarem o cão Boris.




segunda-feira, 16 de maio de 2011

NÃO CUSTA NADA, RESGATANDO VALORES

Jogo



      Este é um joguinho simples que a gente pode deixar a turma jogar em duplas. Precisa de um dado (que pode ser construído com eles e colocar um grão dentro antes de fechar o dado) e de dois marcadores( pode ser tampas coloridas de pasta de dentes). É muito bom para o início do ano para motivar  os "combinados" da turma.

PAIS SE CONFUNDEM NA TRANSMISSÃO DE VALORES


  A dificuldade do ensinar o que é certo e errado para os filhos aumenta com a ambiguidade ética demonstrada pela sociedade brasileira. São vários os exemplos desta dubiedade com os quais convivemos.   Castor de Andrade apesar de condenado pela justiça era adorado no bairro onde viveu e convivia bem no meio político. O jogador Edmundo é ídolo e garoto propaganda, mesmo com o temperamento que lhe rendeu o apelido de "animal". O sequestrador Leonardo Pareja, quando vivo, recebia na prisão grande quantidade de cartas de admiradores. Diante destes fatos, somados a outros que presenciamos rotineiramente, transmitir valores morais aos filhos se transformou numa tarefa cada vez mais problemática para os pais. Quais as virtudes essenciais? O que pode ser considerado certo ou errado? Até onde deve se impor limites? Estes são questionamentos que podem gerar uma situação aflitiva, contudo refletem a conscientização o dos pais sobre a existência do problema.
  Santo Agostinho, no Evangelho Segundo o Espiritismo, orienta que: "Desde o berço a criança manifesta os instintos bons e maus que traz de sua existência anterior...”. Constata que desde o berço os pais exercem um papel fundamental na formação moral da criança. E durante toda a infância continua a receber transmissão de conceitos dos progenitores, tornando muito importante que os adultos tenham clareza de pensamento e principalmente ajam de forma coerente. De nada adianta aos pais adotarem um determinado discurso quando mantêm um comportamento oposto. É o caso do pai que procura passar idéias pacifistas aos filhos, mas que, ao mesmo tempo, vive discutindo em casa.
  Outra preocupação é transmitir conceitos que para os pais sejam verdadeiros, pois devido a experiência e maturidade que vamos adquirindo há uma revisão constantes de valores. Aquilo que nos parece importante hoje, amanhã pode não ter valor algum. Porém, é natural e até mesmo benéfico que o ser humano mude de opinião com o passar do tempo.
  E mesmo que tenhamos posição definida dos valores éticos-morais que queremos ensinar a nossos filhos, inúmeras vezes entramos em confronto com que o mundo e a televisão têm mostrado, oferecido e exemplificado, sendo necessário firmeza e energia para convencê-los a agir corretamente e incutir em seu íntimo o que realmente seja o certo e o errado.
  Contudo, apesar de todas essas dificuldades encontradas pelos pais que muitas vezes estão em dúvida com os próprios valores, algumas certezas existem: a disciplina, a noção de responsabilidade e a existência de limites são requisitos básicos para que os filhos possam se organizar durante a vida. A religião é uma base segura a norteá-los e confortá-los em qualquer situação e dificuldade.
  É grande a responsabilidade dos progenitores na condução de seus filhos. Deixar de atuar em sua formação moral pela dificuldade de enfrentar o assunto é uma atitude perigosa cujas consequências podem ser muito desagradáveis, pois mesmo que não queiram, valores são sempre transmitidos, éticos ou não. 
Fonte: Jornal Boa Nova – 13/08/1997     Autor: A Redação


domingo, 15 de maio de 2011

Filme:Toy Story


Sugestões pedagógicas

        
           1) Valores da amizade, cooperação, espírito de equipe, solidariedade e infância.
     O filme aborda, de modo envolvente, as questões que envolvem a amizade, a cooperação, o espírito de equipe, a solidariedade e a infância. Você pode ampliar a discussão do filme para a realidade dos seus alunos, resgatando estes valores, que há muito parecem estar meio sem brilho.
           2) Heterogeneidade.
            Um ponto interessante que aparece no filme é que, apesar de formatos, cores, funções e até valores diferentes, cada brinquedo tem uma participação especial para o sucesso da equipe. Transponha esta situação para sala de aula, mostrando que é a heterogeneidade e não a homogeneidade que faz um grupo ser forte e vencedor!


3) Campanha de doação.

 O site do filme apresenta uma campanha “A brincadeira não pode parar”, na qual dezenas de locais no Brasil serão pontos de arrecadação de brinquedos usados que serão distribuídos a centenas de entidades cadastradas.
Amplie esta iniciativa com seu grupo de trabalho, uma vez que o filme propõe uma reflexão sobre a importância da brincadeira e do brincar, sobre os cuidados com os brinquedos e sobre a necessidade da continuidade do uso deles. Desperte em seus alunos este desejo de doar, de compartilhar!

     4) Temática do lixo.

Ainda dentro desta reflexão, aborde o tema: LIXO! O que é lixo afinal? Quantas vezes jogamos coisas boas, como brinquedos, porque não sabemos a quem doar? Mencione também as questões da coletas seletivas e dos desafios da sustentabilidade.

            5) O consumo.

             É possível também abordar as questões de consumo. Tudo o que vemos na TV nós pedimos para nossos pais, mas, afinal, será que precisamos de tudo isso mesmo? Quantas vezes brincamos com os brinquedos que ganhamos?

             6) A aparência.

             A questão da aparência também pode ser uma temática para discussão. Quem vê cara não vê coração! Há dois exemplos para análise:
ü  O ursinho de pelúcia Lotso, fofo e cheirando a morangos silvestres é o grande vilão da história.
ü  A Barbie representa o estereótipo da mulher fútil: frágil, loira e burrinha, porém, no desenrolar da história, ela mostra sua força, estratégia e inteligência.

             7) Trabalho com os pais.

             Para trabalhar com os pais, podemos colocar um trecho do filme 1, no qual o menino mau “curte” a sua infância, explodindo brinquedos, enquanto no filme 3, Andy sente a despedida dos brinquedos como o término de uma infância extremamente feliz. Que personagem é o nosso filho.

"Livro da paz - Todd Parr"

                                                                             
 


















"Crianças são como borboletas ao vento....
algumas voam rápido...algumas voam paudasamente...mas todas voam do seu melhor. Cada
uma é diferente, cada uma é linda e cada uma é especial."


Fábula "Bullying na escola: o que é isso? "


Cléo Fante e José Augusto Pedra
 (autores do livro Bullying Escolar – Artmed).

    Houve um tempo em que o nosso planeta era habitado somente por animais. Era um tempo de grande harmonia entre as espécies. Querendo registrar em livros essa época da história, a bicharada resolveu criar a escola. Todos se empenharam em descobrir como participar da sua construção. Resolveram, então, dividir as tarefas, para que todos colaborassem.
     Os elefantes, os camelos e os pássaros ficaram responsáveis pelo fornecimento de água.
     Os leões, os rinocerontes, os búfalo e as zebras foram encarregados de fornecer toda a maderia
necessária. Já os porcos, os hipopótamos e os jacarés cuidaram da confecção de tijolos. Os castores, os veados e as hienas, com o apoio dos joões-de-barro, se comprometeram em levar as paredes.
    Como o trabalho exigia altura e agilidade, as girafas e os macacos se propuseram a construir o telhado. Os camaleões, os pavões e as borboletas cuidaram da pintura e da decoração.
   Depois da escola pronta, fizeram uma grande festa, para comemorar o resultado dos seus esforços. Descobriram que, graças à solidariedade e à cooperação de todos, poderiam, finalmente, estudar todos juntos.
   Com o passar do tempo, a bicharada tornou-se esclarecida e consciente da sua realidade e aprendeu, dentre outros conhecimentos, a importância de cada um na sociedade. Os bichos reuniram-se toda semana para discutir vários assuntos e encontrar soluções para a melhoria da qualidade de vida. As boas relações entre as diferentes espécies favoreciam tanto os que ensinavam quanto os que aprendiam.
   Porém, numa manhã fria de inverno , surgiu na escola um bicho muito estranho. Seu olhar de valentão dava medo, causava até arrepios. Ninguém sabia de onde ele tinha vindo e a que espécie pertencia.
   Não se parecia com nenhum habitante do planeta. Por suas características e pelo tipo de influência que provou em outros bichos, chamaram-no de Bullying. Os animais que com ele tiveram contato mudaram o comportamento e a maneira de agir com os colegas. Tornaram-se agressivos, prepotentes e peversos. Adotaram formas de "brincar" muito diferentes das conhecidas até então. Suas "brincadeira" geravam sofrimento, chateação, vergonha e constrangimento aos colegas, inibindo o aprendizado e a maneira de ser de cada espécie.
   Suas atitudes tornaram-se hostis com os mais fracos e indefesos. As diferenças existentes entre eles, que antes eram consideradas normais, passaram a ser motivo de chacotas e ridicularizações. Os que apresentavam dificuldades de aprendizagem eram "zoados" e apelidados. Muitos acabaram desistindo a escola, outros sofriam calados, temendo represálias. 
   A maioria dos bichos presenciava o comportamento dos colegas, mas, por alguma razão, nada faziam. Essas mudanças de comportamento provocaram sérios problemas de convivência na escola e o interesse pelos estudos ficou prejudicado.   
 Assim, o Leão tornou-se o valentão da escola, agindo de maneira dominadora e procurando impor sua autoridade. O urso, vendo que a popularidade do leão crescia a cada dia, passou a usar sua força para intimidar e obter vantagens.
  A cobra, que até então era amiga e conselheira, começou a espalhar boatos difamando a galinha, dizendo que esta era namoradeira. Como tinha habilidade para desenhar, retratava a galinha em situações constrangedoras e passava para todos os colegas. 
  O cachorro, que antes protegia a todos, também mudou seu comportamento e passou a agir com perversidade, rosnando e fazendo ameaças. Coagia a girafa, obrigando-a a destruir os ninhos de passarinhos ao término das aulas. Os passarinhos indignados, reclamaram na escola, mas a perseguição aumentou ainda mais, deixando-os apavorados.
  A hiena, temendo tornar-se a próxima vítima, ria da maldade que os colegas faziam. Como estratégia, passou a criticar a gralha, responsável pelo sinal da troca de aulas, devido ao seu tom de  voz estridente. A gralha, ouvindo constantemente as risadinhas dos colegas e sentindo-se humilhada, foi aos poucos se retraindo, até que desenvolveu uma gagueira e não pode mais toar o sinal da escola.
   A anta, cheia de dúvidas, evitava fazer perguntas à professora, pois se sentia envergonhada pela zoação que recebia, prejudicando sua aprendizagem.
    Com a preguiça algo semelhante aconteceu. Aos poucos foi excluída do grupo. Tão chateada ficou que a motivação para os estudos e suas notas despencaram. Nem o alegre e estudioso pinguim escapou aos maus tratos. Sofria perseguição porque estava sempre elegante e bem vestido. Depois de algum tempo tornou-se estressado e mal humorado.
    Revoltante mesmo foi o que fizeram com o camelo e o esquilo. Eles não sabiam mais o que fazer, porque eram obrigados a entregar seus lanches todos os dias, para não apanhar na saída da escola. Com o veado, os valentões da escola pegaram pesado: excluíram-no do time de futebol, dizendo que era demasiadamente sensível para os esportes.
    Situação humilhante enfrentava o coelho. Seus colegas faziam gestos em sua direção e riam, apontando para o tamanho dos seus pés, dentes e orelhas. Com o tucano também foi assim, só que este tornou-se agressivo, por causa das piadinhas que faziam com o seu bico, e durante o recreio procurava os galhos mais altos e afastados para sozinho comer o seu lanche.
    Já o urubu andava chateado, porque era sempre constrangido devido à sua alimentação. O gambá decidiu abandonar a escola porque implicavam com o seu cheiro. A onça, cansada de receber apelidos por causa de suas pintas, resolveu implicar com o tamanho da boca do jacaré. O jacaré, por sua vez, acabou descontando no sapo, que adoeceu de tanto medo.
     Estranho foi o que fez a pacífica ovelha: proibia a pata de lanchar com a turma. A pata, não entendendo os motivos, chorava pelos cantos da escola, acreditando que ninguém gostava dela. Aos poucos, sua autoestima foi baixando, até que perdeu a confiança em si mesma, tornando-se insegura, aflita e temerosa.
    Até a pacata zebra mudou seu comportamento, depois de muito sofres “zoações” por causa das suas listras, e passou a dar coices nos colegas. O tatu provocava inúmeras situações embaraçosas e, como não conseguia se defender, se escondia no buraco, mas, quando saía, levava cada safanão... A coruja sofreu tanta “zoação” por causa dos seus olhos grandes que já não queria mais sair de casa. Em conversa com sua mãe, ela contou que sentia muita raiva dos colegas, que não queria voltar para a escola e que pensava em se vingar.
    O elefante, coitado, ia para a escola de casaco, num calor danado, para disfarçar sua gordura. Um dia, cansado das chacotas dos colegas, decidiu emagrecer, mas acabou desenvolvendo anorexia (perdeu a vontade de se alimentar) e teve que interromper seus estudos para tratamento.
    O canguru não aguentava mais: todo dia desaparecia alguma coisa da sua mochila. O macaco, muito bisbilhoteiro, sempre levava a culpa, mesmo sendo inocente. Irritado com as acusações injustas, começou a fazer brincadeiras inconvenientes com o porco por causa dos seus problemas intestinais.
    Fato curioso aconteceu com o rinoceronte: apanhava todos os dias. De tão amedrontado, quis desistir da escola, mas seus pais não deixaram. Bem que tentava se defender, mas, sozinho, sentia-se impotente para enfrentar o grupo. Para ele, pior do que apanhar dos colegas, apesar do seu tamanho, era mentir para os pais, inventando desculpas para faltar às aulas.
    Triste mesmo foi o que aconteceu com a raposa. Antes ela era meiga, esperta, excelente aluna, mas de tanto sofrer intimidações, foi perdendo a espontaneidade e a alegria de viver. Dizem que agora é perigosa, entrou para uma gangue e está envolvida com drogas. Com o cavalo também foi assim. Querendo dar um basta nos maus tratos que sofria, veio armado para a escola e acabou sendo expulso.
    Com a abelha e a formiga não foi diferente. Após sofrerem muitas ofensar por causa do seu tamanho, elas formaram um grupo e planejaram estratégias de ataques contra seus colegas nos banheiros e no pátio do recreio.
    Interessante percepção foi a da mãe coruja. Notando que sua filha chegava da escola agressiva, com ar de superioridade, querendo intimidar seus irmãos mais novos, resolveu ficar atenta. Procurou a direção da escola e contou o que estava acontecendo, querendo saber se lá ela agia assim. Nessa época, vários pais procuraram a escola para tentar entender os problemas apresentados por seus filhos. Outros começaram a tirar os filhos da escola. Até os professores não aguentavam mais tanta violência.
    Após reunir a equipe de professores e analisar os problemas enfrentados, a direção da escola percebeu que toda essa mudança de comportamento foi promovida por aquele bicho estranho, que haviam chamado de Bullying. Assim, a escola resolveu convocar todos os seus profissionais, os pais e os alunos para uma grande reflexão. O grupo concluiu que o medo, a insensibilidade, a dificuldade de compreender e se colocar no lugar do outro e a intolerância às diferenças individuais de cada um estavam prejudicando o ensino, a aprendizagem, as relações sociais entre as espécies, e a violência crescia no ambiente escolar.
    O papai búfalo lembrou a todos que, na construção da escola, cada um contribuiu conforme suas habilidades e o resultado foi extraordinário. Todos cooperaram com alegria, e a amizade foi fortalecida entre eles.
    O diretor considerou que a maior dificuldade dos alunos não estava na aprendizagem das disciplinas curriculares, mas sim na convivência, e disse que, doravante, todos na escola se empenhariam em educar os alunos para a paz, a fim de que a escola se tornasse um lugar onde todos pudessem ser incluídos. Por isso, resolveram ensinar sobre a importante participação das diferentes espécies na história da evolução e da manutenção do planeta.
    Desta forma, os alunos aprenderam que as diferenças sempre existirão, mas são os diferentes que fazem a diferença.

VIVENDO VALORES APRENDENDO COM HISTÓRIAS ...


  Em tempos bem antigos, um rei colocou uma pedra enorme no meio de uma estrada.   
  Então, ele se escondeu e ficou observando para ver se alguém tiraria a imensa rocha do caminho.
 
Alguns mercadores e homens muito ricos do reino passaram por ali e simplesmente deram a volta pela pedra. Alguns até esbravejaram contra o rei dizendo que ele não mantinha as estradas limpas, mas, nenhum deles tentou sequer mover a pedra dali.
 
De repente, passa um camponês com uma boa carga de vegetais. Ao se aproximar da imensa rocha, ele pôs de lado a sua carga e tentou remover a rocha dali.
 
Após muita força e suor, ele finalmente conseguiu mover a pedra para o lado da estrada.  
  Ele, então, voltou a pegar a sua carga de vegetais, mas notou que havia uma bolsa no local onde estava a pedra.
 
A bolsa continha muitas moedas de ouro e uma nota escrita pelo rei que dizia que o ouro era para a pessoa que tivesse removido a pedra do caminho.
 
O camponês aprendeu o que muitos de nós nunca entendemos:
 
Todo obstáculo contém uma oportunidade para melhorarmos nossa condição!". 

PENSE NISSO!